Compartilhar com os filhos a decisão sobre o presente a ser escolhido para a festividade do Natal pode ser uma atitude positiva, porém, é preciso esclarecer a realidade financeira da família e evitar abusos que comprometam os pagamentos de contas já assumidas
Cresceu a movimentação de pessoas pelas ruas dos centros comerciais do País. Com o início de dezembro, aumentou a disposição dos brasileiros para saírem às compras em busca dos presentes de Natal. A maior procura é por produtos destinados às crianças e adolescentes que, segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), eles têm um importante papel na decisão daquilo que ganharão.
Os números revelam que em 50% dos casos, os filhos participam da escolha do presente que receberá, sendo que 41% dos pais compartilham a decisão com os filhos, e os outros 9% deixam as crianças decidirem sozinhas. Do outro lado, 47% dos entrevistados centralizam a decisão, sem permitir a participação dos filhos no processo de compra.
A pesquisa ainda apontou um dado alarmante: 8% dos pais deixam de pagar alguma conta, para satisfazer os anseios dos filhos no Natal. Segundo o levantamento da CNDL, 5% disseram ainda não saber qual conta atrasarão para ver o filho feliz, e os outros 3% optaram por não quitar a fatura do cartão de crédito.
“O que é um grande erro”, afirmou o Professor Carlos Afonso, autor do livro Organize suas finanças e saia do vermelho. “A família quando está com algum tipo de crise financeira, precisa direcionar muito bem o seu dinheiro para o que realmente é prioritário, do contrário, é gigantesco o risco de entrar em uma bola de neve e começar 2019 no vermelho. Não é certo deixar de honrar compromissos, por algo supérfluo”, chamou a atenção o Professor Carlos, que também é contabilista e administrador. Ele afirma que, em primeiro lugar, é preciso dar bons exemplos às crianças. “O que os pais estarão ensinando a essa pessoa em formação, quando ele deixa uma conta em aberto para fazer um mimo? É preciso desde cedo ensinar e mostrar os caminhos corretos para que no futuro, essas crianças sejam adultos financeiramente responsáveis”, completou.
Durante este processo de decisão é fundamental que os pais deixem bem claro a atual realidade financeira da família e não tentem a qualquer custo, satisfazer a vontade da criança devido a simbologia do Natal. “Dentro de casa, falar sobre dinheiro precisa ser algo natural e compreensível. Os filhos devem participar dos assuntos que tratam das finanças. Lidar com as frustrações de não ter algo desejável, faz parte do crescimento e do amadurecimento de qualquer ser humano, e quanto mais cedo for aprendido a dar valor aos bens materiais, melhor será para todos”.
Por outro lado, o Professor Carlos enxerga como uma atitude positiva os pais que compartilham a decisão dos presentes com os filhos, afinal, ambos entrarão em um acordo sobre o valor a ser investido e, a partir daí, escolherem entre as opções de presentes possíveis. “Com isso, ninguém ficará frustrado ou desesperado. E ainda, é um importante momento de orientar as crianças ou adolescentes sobre como funcionam as finanças e fazer com que eles entendam e valorizem os presentes recebidos e, sobretudo, aos esforços feitos pelos pais. A democracia é sempre o melhor caminho e, uma decisão em conjunto deixa uma relação saudável e que traz muitos ensinamentos a família”, encerrou o Professor Carlos.
Sobre o Livro Organize suas finanças e saia do vermelho
De leitura fácil e rápida compreensão, o livro Organize suas finanças e saia do vermelho foi lançado em agosto de 2017, pelo especialista em finanças, Professor Carlos Afonso, que é administrador, contabilista e sócio-diretor do Grupo MCR.
O autor traz conceitos fundamentais para uma boa educação financeira, a fim de evitar que as pessoas adquiram o endividamento financeiro ou, se a dívida já existe, há dicas de como sair dela. Além disso, a obra ensina o leitor a pensar no futuro e, de maneira confortável, fazer o seu “pé de meia”.
“Organize suas finanças e saia do vermelho” traz uma luz sobre esse importante assunto e que afeta a vida de qualquer pessoa desde o nascimento até o último suspiro. Relacionar-se bem com o dinheiro garante sustentabilidade financeira e uma vida melhor livre de privações. (http://www.livrosaiadovermelho.com.br/)